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O individuo e a Organização

Posted by Administradores - FCA on quarta-feira, maio 05, 2010 in
A grande revolução industrial inglesa trouxe para a humanidade uma série de acontecimentos históricos, dentre esses a idealização de métodos administrativos para a garantia da funcionalidade e da eficiência no processo produtivo das organizações modernas. Consequentemente, a relação do individuo com a organização se torna cada vez mais importante para a consolidação desse processo.
A primeira fase desse estudo é conhecida como movimento clássico da administração, que teve em seus principais teóricos Frederick Taylor e Henri Fayol, o foco nas questões internas e no comportamento do individuo na organização. Uma das ideias centrais dos clássicos, era a visão do homem como um ser econômico. Um ser mesquinho, considerado previsível e controlável, egoísta e utilitarista, que otimiza suas ações, após pesar todas as alternativas possíveis.
Nessa concepção absolutista, os teóricos estavam em busca da ''melhor maneira'' por meio de métodos científicos, para obter sucesso no funcionamento da organização. Nela o individuo era submetido à padrões, ao estabelecimento de tempo para a produção e à produção padrão por unidade de tempo. Dessa forma os administradores e os engenheiros planejavam sem se preocupar com os indivíduos e o operário apenas executava.
Em muitos casos os trabalhadores eram obrigados a cumprir exaustivas horas de trabalho, que não lhes garantia aumento algum em sua remuneração. A empresa sempre visava aumentar os lucros à custa da limitação dos direitos e do bem-estar dos empregados.
Mas, como tudo na vida é dinâmico e evolutivo, depois de diversas decaídas na produção e após a grande depressão da economia americana dos anos 30, foram usados os estudos de psicólogos e sociólogos para comprovar que o estado psicológico e a motivação do homem interfere na produção. Neste período surgiu o movimento humanista, com as ideias da escola de relações humanas e do behaviorismo (comportamento em inglês), teóricos como Elton Mayo criaram novas perspectivas para a administração, buscando conhecer os sentimentos dos trabalhadores e o que lhes causa bem-estar.
Os operários precisariam não ser tratados como máquinas, passando a ser vistos como ''peças'' essenciais para o crescimento da organização. Apartir de então começa a se pensar na participação do funcionário na tomada de decisões e na disponibilização das informações acerca da empresa.
Mary Parker e Chester Barnard que foram importantes pesquisadores da época, concluíram que os operários devem ter uma relação estreita com a hierarquia da empresa, de forma afetiva que possibilite a formação, a liderança, a educação e a cooperação entre ambos. É necessário salientar a importância dos grupos informais na organização, pois eles ajudam a formar a identidade do individuo e o desenvolvimento do potencial humano. Dessa forma, o homem se motiva a trabalhar, produz mais, trazendo benefícios à empresa e para si, a sua auto-realização e bem-estar.
Assim, mesmo divergido, as organizações visavam utilizar os recursos humanos e financeiros de forma racional e eficiente, portanto o individuo e a organização precisa ser visto de forma unilateral.

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