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Quer pagar menos juros? Vá a um banco público

Posted by Administradores - FCA on sexta-feira, julho 30, 2010 in

Dados do BC mostram que os empréstimos tomados por pessoas físicas no BB e na Caixa costumam ser mais baratos que no Santander, Itaú e Bradesco. Caixa: taxas mais baratas em três das quatro categorias levantadas pelo BC.

São Paulo - Boom no setor imobiliário, frota histórica de veículos circulantes e procura desenfreada por televisões de plasma. Outrora impensáveis, esses movimentos refletem o aumento do poder de compra dos brasileiros e provam que os sonhos de quem imaginava voar alto jamais estiveram tão perto do chão. Sustentáculo da forte demanda doméstica, a oferta de crédito teve um rápido momento de aperto após a quebra do Lehman Brothers em 2008, mas medidas anticíclicas para incentivar o consumo abreviaram a recessão. Naquela época, a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil ampliaram as linhas de crédito destinadas à pessoa física e conseguiram compensar a decisão das instituições privadas de brecar os empréstimos com receio do que poderia acontecer dali para frente.

Enquanto as operações dos bancos públicos registraram uma expansão de 61% entre setembro de 2008 e maio de 2010, os recursos concedidos pelo sistema privado cresceram a um terço desse ritmo. Os resultados atingidos pelo BB mostram que os juros mais baixos ajudaram a engordar a base de clientes e, consequentemente, o retorno da instituição. Enquanto a carteira de crédito à pessoa física cresceu 88,1% em 2009, o lucro líquido alcançou a marca de 10,1 bilhões de reais, um recorde histórico na indústria bancária. "Para os bancos, a queda dos juros foi compensada pelo aumento do volume do crédito", afirma Andrew Frank Storfer, presidente da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade). De fato, a taxa média para crédito pessoal fechou 2009 em 44,4%. Em 2008, esse percentual era de 60,4%.

Para o professor de economia Evaldo Alves, da FGV/SP, é justamente a função de agente público que abre margem para fomentos desta natureza. Apregoado como um dos grandes responsáveis por fazer o Brasil sair da crise, o consumo interno foi embalado tanto pelo acesso ao crédito facilitado quanto pela política fiscal que reduziu temporariamente o IPI de itens como carros e eletrodomésticos da linha branca. Na prática, cumpriu-se a movimentação da economia por duas frentes, promovendo o encontro entre consumidores com dinheiro na mão e produtos potencialmente mais baratos.

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