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Prazo para 'calote' dos EUA se aproxima; saiba o que pode ocorrer
Na noite de sexta-feira (29), o Senado dos Estados Unidos rejeitou o plano aprovado horas antes na Câmara dos Representantes para reduzir o déficit orçamentário do país e elevar o limite de endividamento do governo federal. O prazo para que republicanos e democratas cheguem a um acordo termina na próxima terça-feira (2) – data em que o governo federal pode começar a ficar sem recursos para pagar suas dívidas. Democratas e republicanos devem passar os próximos dias discutindo um possível acordo para evitar o calote – mas é dífícil prever o que irá ocorrer.
Caso o presidente Barack Obama eleve o teto da dívida à revelia do Congresso por meio de um decreto, ou, em última hipótese, se ocorrer um eventual calote.
1 – Acordo:
Uma das possibilidades para a solução do impasse é justamente o que tem causado o conflito no Congresso: um plano sobre o teto da dívida que seja aprovado tanto pelos republicanos quanto pelos democratas. Esse plano, além de aumentar o limite de endividamento do país, hoje em US$ 14,3 trilhões, precisaria possibilitar o reajuste das contas do governo dos EUA em longo prazo, explica o coordenador do curso de Negócios Internacionais e Comércio Exterior da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Evaldo Alves.
Uma das possibilidades para a solução do impasse é justamente o que tem causado o conflito no Congresso: um plano sobre o teto da dívida que seja aprovado tanto pelos republicanos quanto pelos democratas. Esse plano, além de aumentar o limite de endividamento do país, hoje em US$ 14,3 trilhões, precisaria possibilitar o reajuste das contas do governo dos EUA em longo prazo, explica o coordenador do curso de Negócios Internacionais e Comércio Exterior da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Evaldo Alves.
Prazo
Os Estados Unidos têm até o dia 2 de agosto para aprovar um plano para elevar seu limite de endividamento, atualmente em US$ 14,3 trilhões. Caso contrário, o país não terá dinheiro suficiente para pagar suas dívidas.
Os Estados Unidos têm até o dia 2 de agosto para aprovar um plano para elevar seu limite de endividamento, atualmente em US$ 14,3 trilhões. Caso contrário, o país não terá dinheiro suficiente para pagar suas dívidas.
Planos
Republicanos e democratas não conseguem fechar um projeto em comum. O presidente Barack Obama defende um plano bipartidário definitivo, que prevê cortes de gastos e põe fim a isenções de impostos aos mais ricos. Os republicanos, contudo, propõem um plano de cortes de gastos e aumento do teto da dívida em duas fases, o que o presidente não quer, já que seria necessário debater o assunto novamente em 2012, ano de eleições no país. O plano republicano foi aprovado na Câmara nesta sexta-feira, mas barrado em seguida pelo Senado, de maioria democrata.
Republicanos e democratas não conseguem fechar um projeto em comum. O presidente Barack Obama defende um plano bipartidário definitivo, que prevê cortes de gastos e põe fim a isenções de impostos aos mais ricos. Os republicanos, contudo, propõem um plano de cortes de gastos e aumento do teto da dívida em duas fases, o que o presidente não quer, já que seria necessário debater o assunto novamente em 2012, ano de eleições no país. O plano republicano foi aprovado na Câmara nesta sexta-feira, mas barrado em seguida pelo Senado, de maioria democrata.
Possíveis desdobramentos
Acordo
Com a aprovação de um plano aceito por republicanos e democratas, os EUA poderiam honrar suas dívidas e reajustar suas contas em longo prazo. Nesse caso, tanto a situação, oposição, ou ambos os lados precisariam ceder em algum ponto. A aprovação de um plano evitaria, ainda, repercussão negativa nos mercados pela dificuldade de negociação política no país, considerado o melhor pagador do mundo.
Com a aprovação de um plano aceito por republicanos e democratas, os EUA poderiam honrar suas dívidas e reajustar suas contas em longo prazo. Nesse caso, tanto a situação, oposição, ou ambos os lados precisariam ceder em algum ponto. A aprovação de um plano evitaria, ainda, repercussão negativa nos mercados pela dificuldade de negociação política no país, considerado o melhor pagador do mundo.
Calote
O calote da dívida colocaria em xeque a classificação do país de pagador mais seguro do mundo, provocando incertezas e um caos nos mercados financeiros. Sem o dinheiro para honrar todas suas dívidas, os EUA precisariam priorizar os pagamentos mais importantes. Além dos juros dos títulos da dívida, entram nas despesas gastos sociais, com idosos, saúde, com o Exército, entre outros.
O calote da dívida colocaria em xeque a classificação do país de pagador mais seguro do mundo, provocando incertezas e um caos nos mercados financeiros. Sem o dinheiro para honrar todas suas dívidas, os EUA precisariam priorizar os pagamentos mais importantes. Além dos juros dos títulos da dívida, entram nas despesas gastos sociais, com idosos, saúde, com o Exército, entre outros.
Decreto
Obama só poderia elevar o teto da dívida arbitrariamente, com um decreto, em casos extremos, como o de uma guerra, afirmam especialistas. Para enquadrar a situação atual em emergência, contudo, Obama precisaria fazer uma “ginástica” que, além de vista como improvável por economistas, seria desgastante ao governo. A solução viria diante da impossibilidade do Congresso de chegar a um acordo. Mostraria que nem um dos lados soube ceder. Além disso, o decreto não evitaria a necessidade de aprovação de um plano de longo prazo.
Obama só poderia elevar o teto da dívida arbitrariamente, com um decreto, em casos extremos, como o de uma guerra, afirmam especialistas. Para enquadrar a situação atual em emergência, contudo, Obama precisaria fazer uma “ginástica” que, além de vista como improvável por economistas, seria desgastante ao governo. A solução viria diante da impossibilidade do Congresso de chegar a um acordo. Mostraria que nem um dos lados soube ceder. Além disso, o decreto não evitaria a necessidade de aprovação de um plano de longo prazo.
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